domingo, 9 de outubro de 2011

A cafeteria

Quanto andei procurando consolo
e um balde
pra vomitar essa coisa que me toma:
Rejeição, é o nome
e meu corpo não aceita
ninguém aceita.

Estrumes-sentimentos
ficaram.
Eu comi e não me alimentei
desidratou por lágrimas
a reação foi a pior possível.

Eu comi você inteiro
e como é indigesto,
não desce e não sai.

O sabor era incrível,
mas os olhos não podem pecar.


Quanto mais eu ando
mais o alívio parece distante
não há vacina nem anticorpos.
Todos adoecem,
eu vejo intensamente.
Não sou exceção.


Eu preciso de um balde!
Mas parece impossível .
Um consolo, um café ,
mas quem é doutor?
Por favor, somente vá.


Estou cansada
e a porta da cafeteria,
agora,
aparece aberta aos amantes.
Aqui eu resolvo os problemas.
Aqui saiu esse poema.
Aqui você sai de mim.