domingo, 10 de abril de 2011

Dia de outono

Enfia a mão no meu peito e aperte meus sentimentos,
mas não quebre e não mate
nos congele.
São suas escritas que falam quando está dormindo
e dizem coisas que meus olhos sentem.
Vejo coisas e outras que o coração assente,
e que não se sente só.
Mas não acorde abruptamente,
que os olhos sonham acordados.
Nós não vamos sair de casa nesta fina chuva,
não existe o tempo nesta cama quente
só a vontade de ficar parado em miúdos
de felicidade em um outono carente.



Dedico este poema às tardes de chuva destes dias regidos com poesia, café e amor.



3 comentários:

  1. lindo....só que estou muito vazio por dentro pra comentar mais que isso.

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  2. O Vini me lembrou de você ontem, no facebook. Eu gosto de sumir às vezes. Mas o gostoso de sumir é voltar. Decidi começar por aqui, aos poucos, devagar. Tava com saudade do seu espaço. Confesso que saudade retroativa, daquelas que se manifestam quando a gente dá de cara com uma realidade da qual não nos lembrávamos. Enfim, vou comentar seu texto, é pra isso que eu tô aqui. E se você, por ventura, ainda quiser me visitar ou ler ou o que for, tá aqui o novo endereço: http://auspiciosoinferno.blogspot.com

    Ah, o marasmo do outono! Concordo. Com amor, então, bem capaz de ser uma das minhas estações preferidas. Junto com o inverno, a primavera e o verão. É gostoso isso do congelar que torna estático e não mata. Quanto ao sonhar... Ah! Eu gosto de sonhar. Mas não entendi muito bem. Quando a gente vive um sonho, por que não ficar acordado? Ou o sonhar era algo referente ao que se está vivendo e o afastamento da realidade maciça que se estende porta afora? Ah, fez mais sentido. Sonhar acordado. Sim, sim. Eu gosto dessa imagem. Gosto mesmo. Sutil e sensível como sempre, Nay.

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