Na madrugada de sábado, antes do sol nascer e depois que a lua se retirou, bêbada e perdida, sozinha e sentada na beira de um lago. Senta ao seu lado um pombo cinza. Os dois estavam cansados demais pra se perceber, olhando laconicamente pro nada em sua frente, ela diz:
- Você é sujo!
Ele retruca no mesmo tom ecoante e preguiçoso:
- Você é suja.
- Sua pena é nojenta!
- Sua pele é nojenta.
- Suas asas são manchadas e gordurosas!
- Sua alma é manchada e gordurosa.
- Pombo maldito, saia daqui se não quiser virar Yakissoba!
Ele voou e ela ficou.
Ela olhou pro espelho d'água e não se viu mais.
Viiiiiixi, guria....Acho que tu escreveu isso ainda na brisa da bebida...hehe...
ResponderExcluirReflexão de difícil entendimento, mas não menos interessante que todas as outras que escrevera...
Beijos e ótima semana!
Nossa, chegou a dar aquele friozinho na barriga, eu também tava com saudades de ler seus textos que são sempre tão magníficos e cativantes....
ResponderExcluirbjão
Uoooou...muuito bom texto!!!
ResponderExcluirParabéns!!!
E se ela tivesse asas, também voaria?
ResponderExcluirdaniel- Escrever pra pensar, ta ai um binômio que eu cultivo.
ResponderExcluirSerá que ela não voou?