domingo, 1 de novembro de 2009

Amor da solidão

Eu que nunca amei.
Um Eu que canta canções de amor para ninguém.
O Eu que compra flores para mim.

O Eu que dançou uma valsa, uma salsa com a taça de vinho,
um tango, já com a garrafa que ganhou de qualquer vizinho.
O Eu que escreve poemas de amor sem amar.

Mas, ninguém foi buscá-lo sábado à noite para jantar,
Ninguém beijou seus lábios como bem queria.
Ninguém festejou seu dia.

Um Eu que nunca quis amar
E Eu que ama ninguém.
O Eu solitário que dorme com a imaginação
E vive uma vida de casado
com o amor da solidão.

2 comentários:

  1. Nana, que lindo o seu poema!!!
    Simplesmente perfeito!
    Bjo.

    http://danielmaiasilveira.blogspot.com

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