segunda-feira, 22 de junho de 2009

Retrato da traição

Logo hoje que fiz um mural de bromélias pra te presentear, viram seu rosto por detrás de outro rosto, viram seu lance numa cena de tv. Viram seu lado que só Deus conhecia, viram a máscara que caia...
Logo hoje que eu fiz pensar que amor é um belo clichê, viram seu carro parado em um outro posto, viram sua sunga azul em outro varal. Viram seu lado distante, que era atenuante pro desfecho fatal...
Logo, justo hoje que eu fiz um pavê, viram sua mão na outra, sua boca na boca, e o resto já sabe. Viram seus quadris rodando, com outros ossos roçando em pleno dia. Viram seus pertences achados, jogados num quarto de sei lá o quê...

Era eu, era você, nós dois na moldura. Agora Ela era parte, pintada também.
Era noite era dia, ninguém sabia. Agora todo mundo pintado neste retrato de cine privê.
Estamos diante de um trato de dois mais um são quatro, só falta eu escolher.

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