quinta-feira, 9 de abril de 2009

De manhã

Todo dia eu acordo com aquela sensação de que dormi duas horas, tomo meu café amargo com gosto de 10 horas da manhã, esfrego os olhos como quem não quer ver que acordou e que o dia começou. Não necessariamente espero que o dia me receba bem, mas ver o sol da minha janela já é uma boa distração pra quem sonha com um mundo melhor. Eu não sei porque me coloco em situações que sei que não vão me agradar. Eu não sei porque insisto em esperar por você, o que fizestes pra mim que me faz ficar presa?Eu não sei.

Sempre voei mais alto que todas as mulheres, nunca amarrei meu burro, tatuei a liberdade em meu corpo e a minha independência, coloquei num pedestal. Agora vem você, com cara de quem não quer nada, que precisa de ajuda e está carente, até fez cara de quem goza de tristeza e que só a minha superioridade pode ajudar. Me disse palavras doces, amaciou meu ego, pegou no meu ponto fraco e se segurou quando parecia desmoronar. Agora, eu me mostrei pra você, me desarmei. E desde então, cortei minhas asas, botei num potinho minha liberdade, para viver você. No entanto, estou aqui esperando que cumpra suas promeças.

Você me cobra pra eu não olhar os outros caras, mas cadê você perto do meu olhar? Diz que quer me ter todos os dias, mas cadê os dias no seu querer? Eu, particularmente, nunca achei certo cobrar as pessoas. Acredito que todos tem consciência de seus cativos e responsabilidades, mas eu não consigo dizer um oi sem pensar em todas essas cobranças.

Promessas não deveriam existir. Não num mundo racional como o meu e eu não acredito que acreditei nos contos que eu mesma repudiava. Pior que eu tenho consciência de tudo e me reporto como se não soubesse. Fingir pra quem? A dor só não é maior que o gosto destes pensamentos no café da manhã. Ligo a tv, repouso minha cabeça no braço do sofá e nesta hora eu sou feliz.

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